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História da metadona

 

A metadona foi desenvolvida na Alemanha, no final da década de 1930. A necessidade de um analgésico para substituir a morfina natural desencadeou a descoberta deste opiáceo sintético, destinado a tratar os soldados feridos na guerra e ao qual foi atribuído o nome inicial de Polamidon. 

 

Foi apenas no final da II Guerra Mundial, no ano de 1947 que a metadona foi descoberta pelos Estados Unidos da América após a invasão do laboratório onde esta era sintetizada, na Alemanha, sendo os americanos responsáveis pela investigação feita posteriormente. O nome Polamidon foi substituído por Dolophine, uma combinação da palavra derivada do latim “dolor” que significa dor e “fin” que significa fim (Dolophine = fim da dor).

 

Após ser comprovada a sua acção analgésica surgiu a ideia de que a metadona poderia ser útil no tratamento da dependência por outros opiáceos como a Morfina e a Heroína, sendo que o primeiro estudo feito neste sentido ocorreu no ano de 1965 (cerca de 18 anos depois da sua descoberta), em Nova Iorque nos EUA. Esta investigação foi conduzida pelos cientistas Vincent Dole e Marie Nysmander (foto da direita) e permitiu demonstrar que a metadona era eficaz no tratamento da dependência de heroína por ser capaz de diminuir o síndroma de abstinência e apresenta um tempo de semi-vida de 24h. 

 

A descoberta feita por estes investigadores marcou o início da utilização da metadona no tratamento da dependência de heroína e morfina.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A metadona começou a ser usada para o tratamento da dor crónica a partir dos anos 90 e no ano de 2003 registou-se um aumento do número de mortes por overdose de metadona nos EUA. Em Novembro de 2006, foi emitido um aviso pela FDA (the Food and Drug Administration) atendendo aos cuidados na prescrição da metadona, devido ao aumento  significativo do número de mortes por overdose da mesma em pacientes que se encontravam em tratamento para a dor.

 

Em 2008, a pedido da DEA (Drug Enforcement Administration) os fabricantes decidiram limitar a distribuição das formulações com doses mais elevadas (40mg) a hospitais com programas autorizados de tratamento da dependência a opióides, pois esta dosagem não foi aprovada para o tratamento da dor. Nesse mesmo ano, estudos demonstravam que a metadona se encontrava envolvida em 1 em cada 3 mortes relacionadas com o consumo de opióides. Em estudos realizados no ano de 2009 verificou-se que o número de mortes por overdose envolvendo a metadona foi 5,5 vezes superior do que no ano de 1999 (Leonard J. Paulozzi 2012).

 

Anos 30

Anos 40

Anos 60

Anos 90

Anos 00

Anos '30

Descoberta de um opiáceo sintético com ação analgésica semelhante à morfina:

A Metadona.

Investigações acerca da metadona e das suas funções analgésicas.

Associação da metadona ao tratamento da dependência a heroína e morfina.

Uso da metadona para tratamento da dor crónica.

Aumento do número de mortes por overdose.

Alertas por parte das autoridades acerca da prescrição da metadona

  • Leonard J. Paulozzi M, Karin A. Mack, PhD, Christopher M. Jones, PharmD, Div of Unintentional Injury Prevention, National Center for Injury Prevention and Control, CDC. (2012) Vital signs: risk for overdose from methadone used for pain relief - United States, 1999-2010. MMWR Morbidity and mortality weekly report 61(26):493-7 

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