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O que é a Metadona?

 

A metadona é um agonista opióide forte, sintético, barato, de longa duração de ação e de produção fácil, sendo utilizado com analgésico desde 1947 (Botelho 2010; T. Reisine 1996).

 

Os opióides atuam em recetores comuns e são derivados naturais da morfina, (Schug et al. 1991) constituindo os medicamentos disponíveis mais potentes para o tratamento da maioria dos tipos de dor severa (Chou et al. 2003).

Portanto, a metadona possui ações farmacológicas semelhantes às da morfina, sendo um composto ativo pelas vias oral e parentérica (T. Reisine 1996).

 

Usos terapêuticos: 

 

A metadona é utilizada no tratamento da dependência de opiáceos, em particular a heroína e no tratamento da dor crónica (Chou et al. 2003; Krebs et al. 2011).

 

As guidelines recomendam que a heroína, que tem um tempo de semi-vida curto, seja substituída pela metadona (tempo de semi-vida mais longo: 20-25h). Esta abordagem permite um controlo diário da administração da metadona, acompanhamento psicológico e diminui as manifestações da síndrome de abstinência, quando retirada gradativamente (Rocha et al. 2010).

Sendo assim, este tratamento realizado em doses adequadas às necessidades do heroinómano contribui para reduzir a mortalidade, parar ou reduzir o consumo de heroína, diminuir ou evitar recaídas e atividades criminais, o que favorece a procura de um emprego e melhora as relações familiares e sociais, para reduzir o risco de HIV e as infeções pelo vírus da hepatite (Brettle 1991).

 

Formas de apresentação: 

 

  • Comprimidos de 40 mg;

  • Solução oral a 1%, preparada no Laboratório Militar segundo formulação desenvolvida pela Associação Nacional de Farmácias e distribuída pelas Delegações Regionais do Instituto da Droga e da Toxicodependência (Pádua et al. 2006).

 

  • Botelho AM (2010) Metadona nas Unidades de Dor DOR. vol 18. Permanyer Portugal, Lisboa, p 8

  • Brettle RP (1991) HIV and harm reduction for injection drug users. AIDS 5(2):125-136

  • Chou R, Clark E, Helfand M (2003) Comparative efficacy and safety of long-acting oral opioids for chronic non-cancer pain: a systematic review. Journal of Pain and Symptom Management 26(5):1026-1048 doi:10.1016/j.jpainsymman.2003.03.003

  • Krebs EE, Becker WC, Zerzan J, Bair MJ, McCoy K, Hui S (2011) Comparative mortality among Department of Veterans Affairs patients prescribed methadone or long-acting morphine for chronic pain. PAIN® 152(8):1789-1795 doi:http://dx.doi.org/10.1016/j.pain.2011.03.023

  • Rocha AS, Soares A, Marques A, et al. (2010) Toxicofilias e Doença Cardiovascular Factores de Risco. Sociedade Portuguesa de Cardiologia, Lisboa, p 18-33

  • Schug SA, Merry AF, Acland RH (1991) Treatment Principles for the Use of Opioids in Pain of Nonmalignant Origin. Drugs 42(2):228-239 doi:10.2165/00003495-199142020-00005

  • Pádua JM, Vicente TN, Pereira SB, et al. (2006) Normas Orientadoras de Programas Terapêuticos com Agonistas Opiáceos In: I.D.T. (ed). p 8

  • T. Reisine  GP (1996) Opioid analgesics and antagonists. In: JG Hardman LL (ed) Goodman & Gilman's The Pharmacological Basis of Therapeutics. 9th edn. McGraw-Hill Book Company, New York, p 544-545

 

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